1 de outubro de 2009

Há muito tempo que não escrevo uns pensamentos por linhas tortas...
Mas hoje é um dia daqueles que só uma linha torta poderia descrever.

Há dias assim, em que tudo sai torto, ao contrário...
Em que bebes água e entornas o copo por cima, em que espirra o leite de chocolate para cima da companhia do pequeno almoço, em que te dizem tudo quanto não pensam e não pensam nada do que sentem e tu sentes tudo o que não pensas e tens de pensar tudo o que dizes, embora a vontade fosse vomitar uma série de impropérios e gritar Ipiranga...

Mas não, não vou fazer nada disso. Porque as linhas tortas descrevem dias tortos e a todos os dias tortos seguem-se dias mais direitos (ou esquerdos), mas rectos. Por isso, nada melhor do que dormir para que esse dia chegue mais rápido... Aí vou eu!

5 de agosto de 2009

20 de julho de 2009

São as pessoas que mais admiramos que nos desiludem.
Talvez porque a fasquia ficou demasiado alta para poder ser mantida. Ou porque as pessoas são simplesmente pessoas e têm momentos tristemente fracos, gratuitamente vis, inexplicavelmente estúpidos.
Nessas alturas em que uma mancha de raiva e desilusão desce sobre os meus olhos e as lágrimas não seriam suficientes para lavar o desapontamento, compreendo que a vida é isso mesmo, entre altos e baixos, amores e desilusões, encantamento e clarividência.
As palavras que saíram da tua boca revelaram um lado lunar que eu desconhecia (e se calhar não teria de ter conhecido) e que não se coaduna com tudo aquilo que sempre vi em ti e que admirava.
Vida,vida, estás sempre a ensinar-me

17 de julho de 2009

Mamma Mia

Porque há filmes que têm o condão de nos esboçar sorrisos, arrancar gargalhadas e fazer sentir de bem, simplesmente porque são uma diversão pegada, uma espécie de ode à vida sem sentido...
Quem não viu, veja (e quem viu reveja, como eu) o Mamma Mia!!!

Elogio do Amor

De alguém que já amou... pelo menos em sonhos
"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas.Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e é mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas. Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, banançides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso " dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. é uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."


Miguel Esteves Cardoso

28 de junho de 2009

E num segundo...

Tudo pode mudar...
Podemos passar de um estado de euforia, para o estado de maior depressão...
Podem mudar todos os nossos argumentos numa discussão...
Podem mudar também todos os pressupostos de uma vida...
Porque num segundo, posso deixar de viver aqui, posso deixar de vos ter aqui, posso deixar de ter esta vida e ter outra diferente... Melhor, pior, diferente...
Um segundo. Uma parcela tão ínfima do nosso tempo aqui. Mas importante...

Às vezes penso, o mais importante é aquilo que um segundo não consegue mudar...
Com isso sim devo-me preocupar, isso sim deve ser o meu lema de vida...

Viver a vida a cada segundo...

(Para ti que hoje tiveste um segundo difícil mas abençoado... Força!)

7 de junho de 2009

Imortalidade...

Por mais que a vida nos agarre assim
Nos troque planos sem sequer pedir
Sem perguntar a que é que tem direito
Sem lhe importar o que nos faz sentir

Eu sei que ainda somos imortais
Se nos olhamos tão fundo de frente
Se o meu caminho for para onde vais
A encher de luz os meus lugares ausentes

É que eu quero-te tanto
Não saberia não te ter
É que eu quero-te tanto
É sempre mais do que eu te sei dizer
Mil vezes mais do que eu te sei dizer

Por mais que a vida nos agarre assim
Nos dê em troca do que nos roubou
Às vezes fogo e mar, loucura e chão
Às vezes só a cinza do que sobrou

Eu sei que ainda somos muito mais
Se nos olhamos tão fundo de frente
Se a minha vida for por onde vais
A encher de luz os meus lugares ausentes

É que eu quero-te tanto
Não saberia não te ter
É que eu quero-te tanto
É sempre mais do que eu sei te dizer
Mil vezes mais do que eu te sei dizer

Mafalda Veiga

24 de maio de 2009

Tempo

O teu ritmo é um mistério que não consigo decifrar.
Moves-te rápida ou lentamente numa batida que não oiço, que não sinto, à qual o meu corpo infelizmente é sensível e se adapta sem que nada possa fazer.
Corres cavalgante entre os silêncios carinhosos, sempre que me deleito num abraço meigo, numa conversa fora, num sol à beira mar. Escorres entre os meus dedos cada vez que te tento prender nas minhas mãos, como grãos de areia limpa e branca, como água de fonte límpida...
Parto tudo quanto te prende, busco, num insaciavel desejo, um meio de te travar, de te prender, de te fazer andar ao meu passo. Mas moves-te sem que te possa alcançar, guias-me numa corrente rápida em que me atropelo e não te vejo ao fundo, sempre querendo deter-te sem sucesso.

Outras vezes deitas-te à sombra, demoras-te dormindo um sono irritante, passeias-te num passo de criança ou de velhote, como se não pudesses mais correr ainda ou como dantes.
Tento pegar-te ao colo, tento fazer-te correr à minha frente, ao meu lado, nas minhas costas e nada. Na tua rádio toca um slow antigo e danças agarrado a um amor que não encontro. Estás em paz insensível à minha guerra, estás no tal ritmo da música que não oiço...

Já percebi o teu jogo, mas as tuas regras são demasiado complexas para que possa vencer...
Quando me vês tranquila, dás-me a pressa que te pedi antes, que te pedi quando eras a criança de passos inseguros. Quando preciso que corras, estás cansado, queres dormir um sono reconfortante e não podes acompanhar-me.

Andamos desfasados. Eternamente desencontrados, ouvindo sempre músicas diferentes.
És misterioso. Mas já sabes que não há mistérios indecifráveis...
Fascinas-me...
E no fim, como recompensa, de todo o meu esforço de te acompanhar, entrarás em mim, corroendo-me na verdadeira consumação do meu desejo de toda a existência, o desejo de te alcançar. Entrarás em mim engolindo-me na tua força, devorando a minha existência.
Sucumbirei.

Esta é a história da nossa existência, uma corrida por termos mais tempo...
No final, quando o tempo chega e nos envelhece percebemos que deveria ter sido uma corrida não para o alcançar, mas contra ele...

20 de maio de 2009

Eu disse: renascida, revisitada e reinventada... Muito mais EU

Reborn and shivering
Settled on new terrain
Unsure, unkind, insane
It's faint and shaken

Day one, day one
Start over again
Step one, step one
I'm barely making sense
For now I'm faking it
'Til I'm pseudo-making it
From scratch, begin again
But this time I as I
And not as we

Gun-shy and shivering
Tear it without a hand
Feign brave but still intent
Little and hardly here

Day one, day one
Start over again
Step one, step one
I'm barely making sense
For now I'm faking it
'Til I'm psuedo-making it
From scratch, begin again
But this time I as I
And not as we

Eyes wet toward wide open fright,
If God is taking bias,
I pray he wants to lose,

Day one, day one
Start over again
Step one, step one
I'm barely making sense
For now I'm faking it
'Til I'm psuedo-making it
From scratch, begin again
But this time I as I
And not as we

16 de maio de 2009

Cada lugar teu

Porque esta mulher escreve coisas que eu desejaria ter escrito...


Sei de cor cada lugar teu
Atado em mim, a cada lugar meu
tento entender o rumo que a vida nos faz tomar
tento esquecer a mágoa
guardar só o que é bom de guardar

Pensa em mim protege o que eu te dou
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou
sem ter defesas que me façam falhar
nesse lugar mais dentro
onde só chega quem não tem medo de naufragar

Fica em mim que hoje o tempo dói
como se arrancassem tudo o que já foi
e até o que virá e até o que eu sonhei
diz-me que vais guardar e abraçar
tudo o que eu te dei

Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
e o mundo nos leve pra longe de nós
e que um dia o tempo pareça perdido
e tudo se desfaça num gesto só

Eu vou guardar cada lugar teu
ancorado em cada lugar meu
e hoje apenas isso me faz acreditar
que eu vou chegar contigo
onde só chega quem não tem medo de naufragar

Mafalda Veiga

15 de maio de 2009

Fluir

Pediram-me que escrevesse...
Mas estou vazia de ideias que possa exprimir.
Ao escrever para quem me lê não posso esquecer que, em primeiro plano, escrevo para mim. E se não sei o que pensar, se não sei como me sinto, se não sei contextualizar o que vivo, não vou conseguir colocar tudo isto que autónoma e heteronomamente vive em mim em palavras que façam sentido. Porque nada me faz igualmente sentido. Pelo menos no plano em que habitualmente me movimento.
Já me disseram, tudo são etapas. Movimenta-te agora noutra... Dança conforme a música!
Sigo numa corrente que não previ nem escolhi, mas cujos grilhões me prendem e arrastam num fluir doce e quente. Não sei libertar-me, mas também não sei se o desejaria. Mas não me importo. Os rios correm sempre para qualquer lugar. Nem que seja para um rio ainda maior.
Como era? Sou feliz, não tenho planos.
Reinventando-te: Sou feliz, vou livremente presa nesta corrente, planeio chegar onde ela me quiser levar.

10 de maio de 2009

Porque há conversas que nos lavam a alma,
e há lágrimas que nos secam as feridas,
e há palavras que, apesar de arderem, curam
e há abraços que selam certezas,

Obrigada!

25 de abril de 2009

Regulação desregrada

É interessante parar por dois segundos... E perceber as cambalhotas que podemos dar...
É como lhe disse, tudo não passa de pares de óculos, usamos o que mais nos convém ou aquele que tem a ver connosco naquele momento.

Mudei de par de óculos. Ou melhor, tenho mudado de óculos muitas vezes.
Mudei de óculos, mudei de vida, revirei-me e reinventei-me e estou num processo de renascimento. Oara uma vida à minha maneira, com as minhas regras, com os meus objectivos e sobretudo feliz. Feliz porque tarde ou cedo percebi que só tenho esta vida. Que se não viver como desejo um dia me posso arrepender por isso. Que vivi obedecendo cegamente a regras que não escolhi, com as quais não concordei, nem identifiquei e que estupidamente não contestei. Quero viver as minhas regras. Sem regras sobre como essas regras devem ser.

Porque a única regra that matters é que "estás aqui para ser feliz".
E se algo te faz feliz, por muito que te tentem convencer do contrário, não pode ser contra as regras...

21 de abril de 2009

John Mayer - Say

Take all of your wasted honor.
Every little past frustration.
Take all of your so called problems,
Better put 'em in quotations.

Say what you need to say

Walkin' like a one man army,
Fightin' with the shadows in your head.
Livin' up the same old moment
Knowin' you'd be better off instead

If you could only...Say what you need to say

Have no fear for givin' in.
Have no fear for giving over.
You better know that in the end
It's better to say too much, than never to say what you need to say again.

Even if your hands are shaking,
And your faith is broken.
Even as the eyes are closin',
Do it with a heart wide open.

Say what you need to say

12 de abril de 2009

Cegueira

É incrível a capacidade que temos de ficarmos cegos. Cegos de medo, cegos de paixão, cegos de felicidade, cegos de raiva, de ódio. Assim, como por vezes, ficamos raivosos, frustrados e zangados por termos sido cegos durante demasiado tempo. Ou pelos menos, durante um tempo definido, um tempo em que não enxergamos para além daquilo que queríamos ver. Os nossos olhos são sensíveis apenas aos sentimentos. Quando trabalham com as emoções cegam-se, fecham-se e vivem no mundo surreal e paralelo de quem partiu para uma outra dimensão e lá se obceca intensamente por um amor, por uma dor, por uma zanga.

Afinal o nosso problema é sermos cegos. Porque o pior cego é o que não quer ver. E se toldares a tua vita com a raiva, com a mágoa, com o ódio, não vais deixar a amizade, o carinho e o amor enxergarem por ti a realidade. Assim, como eu me enraiveço, de martirizo e me odeio pelos momentos em que cegamente me perdi numa dimensão paralela a encontrar motivos e razões mágicas que pudessem explicar o meu universo.

Não! A realidade, a minha realidade, está aqui ao meu alcance, com os meus sentimentos puros que me permitem perceber o todo.

E sabes que mais? Infelizmente o todo depende sempre do ponto de vista.

4 de abril de 2009

Conquista

Livre não sou,
que nem a própria vida
Mo consente.
Mas a minha aguerrida Teimosia
É quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.

Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!

Miguel Torga, in "Cântico do Homem"

3 de abril de 2009

Há momentos em que não sei se alguém me lê, se alguém me entende, se sou normal, se estou demasiado perdida para que me ouçam.
As minhas palavras são mudas quanto àquilo que quero dizer, os meus sentimentos ficam presos e não transpiram na minha pele, os meus silêncios ficam cheios de ofensas e socos que não ousei deferir...

Não que seja uma incompreendida. Longe disso, mas por vezes não me consigo fazer compreender...

No fundo, tudo se resume à mesma questão: sou demasiado exigente.
Comigo, com outros, com os meus relacionamentos, amorosos ou não, com os silêncios, com as conversas, com as despedidas, com as mensagens subtis, com as mensagens descaradas, com tudo.

Sou demasiado exigente e expectante. Espero demais, espero um impossível. Espero que me dêem o que impossivelmente dou de mim ao mundo.

28 de março de 2009

Ver também...

Após ter ouvido e lido aqui estas palavras sábias, achei que para além da sabedoria do uncle John, podíamos juntar a sabedoria do uncle Bryan...

Realmente há ainda quem saiba o que eu procuro numa relação... E é tão simples!
Quero isto:

"the biggest lie you ever told - your deepest fear about growin' old
the longest night you ever spent - the angriest letter you never sent
the boy you swore you'd never leave - the one you kissed on new years's eve
the sweetest dream you had last night -- your darkest hour, your hardest fight

I wanna know you - like I know myself
I'm waitin' for you - there ain't no one else
talk to me baby - scream and shout
I want to know you - inside out
I wanna dig down deep - I wanna lose some sleep
I wanna scream and shout - I wanna know you inside out
I wanna take my time - I wanna know your mind
ya know there ain't no doubt - I wanna know you inside out

the saddest song you ever heard - the most you said with just one word
the loneliest prayer you ever prayed - the truest vow you ever made
what makes you laugh, what makes you cry what makes you mad, what gets you by
you highest hight, your lowest low - these things I want to know

I wanna know you - like I know myself
I'm waitin' for you - there ain't no one else
talk to me baby - scream and shout
I want to know you - inside out
I wanna dig down deep - I wanna lose some sleep
I wanna scream and shout - I wanna know you inside out
I wanna take my time - I wanna know your mind
ya know there ain't no doubt - I wanna know you inside out
I wanna know your soul - I wanna lose control
c'mon n' let it out - I wanna know you inside out
ya gotta dig down deep - I wanna lose some sleep
I wanna scream and shout - I wanna know you inside out
tell me everything..."

Inside Out - Bryan Adams

19 de março de 2009

W. Shakespeare (again - porque nunca é demais)

Obrigada a ti, porque mesmo sem nada fazeres, tens as palavras certas, no sítio certo, para que eu possa confortar-me na tua ausência!

Porque há coisas que têm de ser ditas:

"Depois de algum tempo tu aprendes a diferença,
A subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E tu aprendes que amar não significa apoiares-te,
E que companhia nem sempre significa segurança.
E começas a aprender que beijos não são contratos
E presentes não são promessas.
E começas a aceitar as tuas derrotas
Com a cabeça erguida e olhos adiante,
Com a graça de um adulto
E não com a tristeza de uma criança.
E aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje,
Porque o terreno do amanha e incerto demais para os planos,
E o futuro tem o costume de cair no meio do vão.
(...)
Aprendes que não temos que mudar de amigos
Se compreendemos que os amigos mudam,
Percebes que o teu melhor amigo e tu
Podem fazer qualquer coisa, ou nada,
E terem bons momentos juntos.
(...)
Aprendes que não importa aonde já chegaste,
Mas para onde estas a ir.
Mas se tu não sabes para onde estas a ir,
Qualquer lugar serve.
Aprendes que, ou tu controlas as tuas acções
Ou elas te controlarão,
E que ser flexível não significa
Ser fraco ou não ter personalidade,
Pois não importa quão delicada e frágil
Seja uma situação,
Existem sempre dois lados.
Aprendes que heróis são pessoas
Que fizeram o que era necessário fazer,
Enfrentando as consequências.
Aprendes que a paciência requer muita prática.
(...)
Aprendes que há mais dos teus pais em ti
Do que tu supunhas.
Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança
Que os sonhos são uma parvoíce,
Poucas coisas são tão humilhantes
E seria uma tragedia se ela acreditasse nisso.
Aprendes que quando estas com raiva
Tens o direito de estar com raiva,
Mas isso não te da o direito de seres cruel.

Descobres que só porque alguém não te ama
Da forma que tu queres que te ame,
Não significa que esse alguém
Não te ame com tudo o que pode,
Pois existem pessoas que nos amam,
Mas simplesmente não sabem
Como demonstrar ou viver isso
.
Aprendes que nem sempre e suficiente
Ser perdoado por alguém,
Algumas vezes tu tens que aprender
A perdoar-te a ti mesmo.
Aprendes que com a mesma severidade com que julgas,
Tu serás em algum momento condenado.
Aprendes que não importa
Em quantos pedaços o teu coração foi partido,
O mundo não pára, para que tu o consertes
.
(...)
E tu aprendes que realmente podes suportar...
Que realmente és forte,
E que podes ir muito mais longe
Mesmo depois de pensares que não podes mais.
"

17 de março de 2009

Para ti, para que não te restem mais dúvidas!

Há pessoas assim.
Pessoas que têm uma luz própria, um brilho especial. Aqueles que poderiam ser nós, ou nós poderíamos ser eles, mas muito, muito mais fraquinhos.
Os que secretamente seguimos, seguramente admiramos e raramente elogiamos, por considerarmos que ser assim não é ser bem, é ser verdadeiramente.
Pessoas assim...
Pessoas a quem podemos confessar o inconfessável, segredar verdades que eles sabem que são mentira, contar pensamentos condenáveis, errados, humanos, sem reprimenda, sem censura, numa simplicidade só atingível quando quem nos ouve se aceitou como humano e não se choca com a humanidade dos outros.
Se nunca te disse, tu és assim.
Por isso te admiro, por isto me apoio no teu ombro, e por isso te confidencio coisas que não tenho coragem para admitir no meu íntimo.
Ainda... até (como me ensinaste) me encontrar...

Liberdade

Andar pela estrada
Vidro aberto, cabelo ao vento, música alta o suficiente para misturar o meu trautear desafinado com as notas vibrantes da canção.
Eu, leve, solta, livre.
Eu, num dos meus momentos de firmeza, de segurança, em que me sinto plenamente eu, plenamente forte, porque estou efectivamente no comando, ao volante.
COnduzir na estrada tem tanto de excitante como de perigoso.
E não percebo como me sinto tão livremente solta ensses momentos e por vezes aflige-me a condução de tanta coisa.
De facto, na estrada sei com o que conto. O trânsito da minha vida é muito mais caótico que a segunda circular em hora de ponta :)

7 de março de 2009

Saudade

Porque há saudades incuráveis, saudades de sítios, de cheiros, de sensações, de pessoas, de sons.
Saudades que ardem e que esperamos que acalmem e que se avivam a cada segundo, a cada canção, a cada pensamento.
Porque nasci com este gene tão tuga, tão fado, da saudade?
Saudade não que tudo volte, mas saudade por saudade, saudade porque foi feliz. Simplesmente uma nostalgia mágica...
Aquela, a saudade no verdadeiro sentido fadista do termo...
No mais profundo do meu ser, acredito na eternidade de cada segundo e na verdade do que sentimos a cada momento. A felicidade é construída com momentos em que estamos estupidamente felizes e com momentos em que trabalhamos para os alcançar. Fiz escolhas certas na minha vida, e em cada momento dessas decisãões a minha vida foi feliz.
Chegado é o momento de perceber que esses momentos foram eternos nos segundos aos quais pertencem.
Agora, estou a trabalhar para os alcançar novamente, num novo eu a descobrir, numa nova vida a explorar, mais eu, mais sozinha e mais própria.
Mas não esqueças, serás para sempre eterno nos meus momentos que te pertencem.

25 de janeiro de 2009

A vida é matreira. Porque sempre nos põe à prova... Porque o que vou viver amanhã depende de como viver o hoje, porque as minhas escolhas de hoje influenciam as minhas hipóteses de escolha de amanhã.
Há que decidir bem, com cabeça, e ponderação.
Num esgar, num segundo, num momento inquantificável podes deitar tudo a perder:
tudo o que viveste e tudo quanto construiste, tudo o que tens - as certezas, as lembranças, os sentimentos -, todo o teu futuro - as esperanças, os planos, as horas a decidir aquela viagem deslubrante, a casa da tua vida, o nome que lhes vais dar.
Porque na vida todo o suspiro conta, e um sussurro mal murmurado, um pensamento sonoro, podem destruir todo o teu castelo de areia, toda a tua fortaleza imaginada.
Depois da tua escolha leviana, não esperes que baixe a cabeça.
A vida ensinou-me que a minha escolha de hoje influencia as minhas hipóteses de escolha de amanhã.
E eu amanhã quero ser feliz...