15 de maio de 2009

Fluir

Pediram-me que escrevesse...
Mas estou vazia de ideias que possa exprimir.
Ao escrever para quem me lê não posso esquecer que, em primeiro plano, escrevo para mim. E se não sei o que pensar, se não sei como me sinto, se não sei contextualizar o que vivo, não vou conseguir colocar tudo isto que autónoma e heteronomamente vive em mim em palavras que façam sentido. Porque nada me faz igualmente sentido. Pelo menos no plano em que habitualmente me movimento.
Já me disseram, tudo são etapas. Movimenta-te agora noutra... Dança conforme a música!
Sigo numa corrente que não previ nem escolhi, mas cujos grilhões me prendem e arrastam num fluir doce e quente. Não sei libertar-me, mas também não sei se o desejaria. Mas não me importo. Os rios correm sempre para qualquer lugar. Nem que seja para um rio ainda maior.
Como era? Sou feliz, não tenho planos.
Reinventando-te: Sou feliz, vou livremente presa nesta corrente, planeio chegar onde ela me quiser levar.

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