31 de janeiro de 2008
Escolhas
A decisão está sempre presente na nossa vida, em todos os segundos. Porquê algumas custam tanto a tomar? Porquê quando temos de tomar uma decisão importante não dormimos como deve ser, não comemos, não relaxamos nem sossegamos nem deixamos todos os que estão à nossa volta fazerem-no?
O ser humano é realmente complexo... Tenho de pesar três e quatro vezes todos os prós e os contras, tenho de pensar e repensar todos os conselhos e pô-los na prática e tudo isto porquê?
Na verdade, a decisão que tomarmos é a certa. Porque nunca saberemos como teria sido se tivessesmos seguido outra escolha.
No fundo, a decisão é «um não se saber para onde se vai, mas saber-se que não se vai por aí» (adapt. José Régio).
Escola de Música do Conservatório Nacional
Eu sei! Isso é impossível! Que despautério? 'Tás a gozar?!
Não se assustem, ainda não chegamos a tanto.
Mas neste momento decorre um processo para uma decisão que parece impossível, que é um despautério, e não 'tou a gozar!
Ninguém fala, ninguém sabe, mas este país que tanto busca pela civilização, pelo desenvolvimento, pela cultura, arrisca-se a ficar sem músicos! E tudo porque os actuais alunos da Escola de Música do Conservatório Nacional arriscam-se a vir todos para a rua!!
Está em marcha uma reestruturação da escola que levará à tomada de várias medidas, entre as quais abrir a escola só para os que estão em harmonia com o plano de curso académico, ou seja 5º ano de escolaridade, 1º ano de conservatório.
Concordo, está certo.
O problema é que na decorrência disto podem decidir que todos os alunos que não estão nestas circunstâncias saiam e percam todos os anos que já fizeram de conservatório, tenham de voltar para a escola normal a fim de terminar o secundário e percam todos os anos da sua vida que investiram no sonho da música! e até que os novos que vão entrar se formem músicoa ainda vão 8 anos pelo que arriscamo-nos a perder uma geração de músicos portugueses.
Não posso ficar calada, e todos sabem que não costumo vir para aqui criticar as políticas do Governo, mas peço que divulguem esta barbaridade que estão a fazer àqueles miúdos que não têm culpa da mudança. A decisão vai ser tomada dia 11. Espero que seja uma boa decisão.
Peço favor de divulgarem este assunto, porque ninguém fala disto, porque não sabe!
Obrigada
22 de janeiro de 2008
Liderança e gestão - 5 lições de outro!
Lição No.1 - Gestão do Conhecimento
Um homem entra no banho enquanto a sua mulher acaba de sair dele e se enxuga. A campainha da porta toca. Depois de alguns segundos de discussão para ver quem iria atender, a mulher desiste, enrola-se na toalha e desce as escadas. Quando abre a porta, vê o vizinho Bob na soleira. Antes que ela possa dizer qualquer coisa, Bob diz:
- Dou-lhe 800 EUR se deixar cair essa toalha. Depois de pensar por alguns segundos, a mulher deixa a toalha cair e fica nua. Bob, então, entrega-lhe os 800 EUR prometidos e vai-se embora. Confusa, mas excitada com sua sorte, a mulher enrola-se novamente na toalha e volta para o quarto. Quando entra no quarto, o marido grita do chuveiro:
- Quem era?
- Era o Bob, o vizinho da casa ao lado - diz ela.
- Óptimo! Deu-te os 800 EUR que me estava a dever?
Moral da história: Se compartilhares informações a tempo podes evitar exposições desnecessárias!!!
Lição No.2 - Chefia e Liderança
Dois funcionários e o gerente de uma empresa saem para almoçar e na rua encontram uma antiga lâmpada a óleo. Esfregam a lâmpada e de dentro dela sai umgénio. O génio diz:
- Só posso conceder três desejos, por isso,concederei um a cada um de vós.
- Eu primeiro, eu primeiro - grita um dos funcionários
- Queria estar nas Bahamas a pilotar um barco, sem ter nenhuma preocupação na vida!
Puf! E lá se foi. O outro funcionário apressa-se a fazer o seu pedido:
- Quero estar no Havaí com o amor da minha vida e um provimento interminável de pinas coladas!
Puf e lá se foi.
- Agora você - diz o génio para o gerente.
- Quero que aqueles dois voltem ao escritório logo depois do almoço - diz o gerente.
Moral da História: Deixe sempre o seu chefe falar primeiro.
Lição Nº 3 - Zona de Conforto
Um corvo está sentado numa árvore o dia inteiro sem fazer nada. Um pequeno coelho vê o corvo e pergunta:
- Posso sentar-me como tu e não fazer nada o dia inteiro?
O corvo responde:
- Claro, por que não?
O coelho senta-se no chão, debaixo da árvore e relaxa. De repente, uma raposa aparece e come o coelho.
Moral da História: Para ficares sentado sem fazeres nada deves estar sentado bem no alto.
Lição Nº 4 - Motivação
Em África, todas as manhãs, uma gazela ao acordar, sabe que deve conseguir correr mais do que o leão se se quiser manter viva. Todas as manhãs, o leão acorda e sabe que deverá correr mais do que a gazela se não quiser morrer de fome.
Moral da História: Pouco importa se és gazela ou leão, quando o sol nascer deves começar a correr.
Lição Nº 5 - Criatividade
Um fazendeiro resolve colher alguns frutos da sua propriedade. Pega num balde vazio e segue para o pomar. No caminho, ao passar por uma lagoa, ouve vozes femininas que provavelmente invadiram as suas terras. Ao aproximar-se lentamente, observa várias raparigas nuas banhando-se na lagoa. Quando elas se apercebem da sua presença, nadam até à parte mais profunda da lagoa e gritam:
- Nós nãovamos sair daqui enquanto não se for embora.
O fazendeiro responde:
- Não vim aqui para vos espreitar, só vim dar de comer aos jacarés !
Moral da História: É a criatividade que faz a diferença na hora de atingirmos nossos objectivos.
18 de janeiro de 2008
O Sétimo Selo
Este foi o último companheiro de altas horas da noite, de cinco minutos antes de sair de casa, do café na esplanada... Foi o último livro que li e também o último publicado deste autor que tanto aprecio.
Primeiro uma nota ao autor: de escrita fácil e compreensiva, descritiva q.b., dinâmica e moderna, José Rodrigues dos Santos é fácil de agradar. É sem dúvida um dos meus eleitos na literatura que chamo "de entreter".
Escolhi dedicar um post a este livro não porque seja o meu preferido (nem de todos, nem do autor), mas porque o achei muito bom e muito acutilante. Seria recomendável que todas as pessoas o pudessem ler. Porquê?
Porque denuncia de uma forma sustentada, demonstrada e com bases científicas o futuro do nosso planeta, o futuro das nossas vidas e isto a um prazo muito mais curto do que o esperado.
Não sou ecologista activa nem nunca me tinha interessado de modo especial por este tema, mas, sem entrar demasiado na "estória" do livro para não desvendar surpresas, gostaria que soubessem que me senti arrepiada, assustada e totalmente surpreendida com aquilo que se poderá passar à nossa volta.
A mensagem é pessimista e creio que as coisas podem não ser rigorosamente do modo como são pintadas no livro. Mas nunca é demais a informação nestas áreas. Este livro tem a vantagem de a prestar de uma forma tão interessante que ficamos presos a ele até à última linha!
Fica então a sugestão de leitura!
Diz que até não é um mau blog!
2. Somente se recebeu o "Diz que até não é um mau blog", deve escrever um post contendo: a indicação da pessoa que lhe deu o prémio com um link para o respectivo blog; O tag do prémio; As regras; E a indicação de outros 7 blogs para receberem o prémio.
3. Deve exibir a tag do prémio no seu blog, de preferência com um link para o post em que fala dele.
15 de janeiro de 2008
Carnaval
Tenho de confessar que sou adepta incondicional desta época. Adoro a loucura, adoro a diversão, adoro o espírito.
No Carnaval, o mundo é livre e as pessoas são o que querem - vestem-se como querem, nada é ridículo, somos crianças de novo e ninguém leva a mal!!!
Mas o mais divertido é a preparação das noites carnavalescas (sim, porque sou uma carnavalesca noctívaga, não costumo ir aos desfiles durante o dia), é o comprar dos tecidos, os cortes todos tortos, feitos em cima do joelho, a máquina de costura nas mãos de quem nem sabe pregar um botão, as risadas incontroláveis quando tudo corre mal e o resultado final, completamente estapafúrdio e engraçado!!!!
Só tenho pena de uma coisa: embora Portugal tenha tradição de brincar ao Carnaval, cada vez mais há um recurso ao estilo dos nossos irmãos brasileiros, com o descurar da nossa própria maneira de o viver. As bailarinas brasileiras andam semi-nuas porque no Brasil em Fevereiro e Março faz calor. Ora, custa-me ver aquelas bailarinas portuguesas, todas arrepiadinhas, na Madeira e na Figueira da Foz, para dar dois dos muitos exemplos, só de biquini, para imitar as brasileiras a sambar, quando o nosso costume é muito mais o fato do palhaço, do cowboy, do chinês, do zorro e afins...
Ainda não posso revelar quais os meus trajes para este ano, mas para adoçar os curiosos informo que o tema do Carnaval de Torres Vedras é a Banda Desenhada e que, normalmente, seguindo a tradição, me mascararei a rigor!
7 de janeiro de 2008
A velhice
Neste novo ano há um assunto que martela na minha cabeça, fruto de uma frase lida no livro de cabeceira, e para o qual ainda não encontrei uma resposta convincente: o que é a velhice extrema? Como podemos entendê-la, aceitá-la, vivê-la, quer na pele dos nossos, quer um dia na nossa própria pele?
É um assunto que me assusta deveras... Não porque tenha receio das rugas, das dores no corpo, na dificuldade em fazer a vida que hoje faço. Assusta-me, porque neste momento não consigo conceber que a idade possa atrapalhar a minha vida. Quando digo atrapalhar, refiro-me a impossibilitar uma vida auto-suficiente, uma vida com um mínimo de autonomia e dignidade.
Com a idade, a vida muda e adequa-se a cada fase. Mas na última de todas as fases, já não há possibilidade de nos habituarmos e de nos adequarmos... Não há esperança, não há melhoras, o fim certo e breve é a morte. Mas até que esta chegue, a vida torna-se um inferno. Alguém se consegue imaginar a estar todos os dias às voltas nos corredores de um lar sem perceber que o faz? Alguém consegue imaginar-se a não conseguir lavar-se sozinho, a não conseguir ir a casa-de-banho sozinho? Alguém consegue imaginar-se a ir à rua e não saber voltar para casa dentro do próprio bairro onde sempre morou?
Este futuro não está reservado a todos. Os avanços da medicina trouxeram-no só para alguns daqueles que irão morrer de velhos.
A velhice extrema é um conceito que não entendo, e ainda não consegui aceitar. É uma fase que me magoa e me entristece. O sentimento quando olho para os velhotes é de uma pena infinita e de uma vontade de ajudar incontrolável.
O mal de tudo isto é que as ajudas são possíveis... mas não fazem milagres...