20 de junho de 2011

E não é que um dia aconteceu?
Como viver o dia em que acordas e, afinal, tudo é realidade e foste puxada, sem possibilidade de resistência, sem segunda oportunidade, sem compreender o que se passa, para o meio, mesmo para o meio, do teu pior pesadelo?...
Alguém me sabe ensinar?
É que estou farta de ser auto-didacta, de me esmurrar contra paredes invisíveis e de me apunhalar com punhais que parecem de borracha e continuo a não compreender como se vive nesta terra dos pesadelos...
E melhor, alguém sabe onde encontro o espelho?
Aquele espelho que nos pesadelos (inspirados, claro está, nos filmes de ficção científica) nos dá acesso ao mundo normal e nos traz de volta à realidade...
É curiosa a metáfora do espelho...
Como se, para voltar à realidade, tivesses de encontrar uma forma de (te) reflectir, de (te) rever no mundo fantástico em que tudo parece impossível.
Como se, para voltar a olhar o mundo, ser sem upside down, tivesse de me encontrar no meio daquela bagunça em que nada parece fazer sentido...
Como se o simples facto de nos conseguirmos reencontrar tivesse o poder de arrumar o mundo à nossa volta para que tudo volte ao seu devido lugar.
E, curioso, é que eu acho que a metáfora do espelho não é por acaso.
É porque é mesmo verdade.
Ninguém me ensinou, mas sinto que só reflectindo e reencontrando(-me), no meio dos destroços deste tornado que (me) levou com ele tudo o que tinha, vou aprender a viver neste novo mundo e achar que afinal ainda há alguma lógica nisto e nesta vida...
Falta o reencontrar(-me).
Lá chegarei...
Nos entretantos, se alguém tiver um manual de instruções... ajuda!

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