29 de fevereiro de 2008

Lado solar

Hoje acordei solarenga.

Despertei tímida e fui ganhando força.
Apresentei-me irradiando alegria perante as nuvens cinzentas que foram surgindo.
Dissipei com sorrisos todas as tentativas de me encobrir.

Porque hoje é dia de luz, e não há tempestade que me vença, nem tormenta que me ofusque.

28 de fevereiro de 2008

Pensamentos nocturnos

Caio cansada na cama, mas enquanto o meu corpo desfalece, a minha mente vagueia, ainda alerta, pelos meandros da vida, sem se deixar dormir.
À noite, no escuro, parece que os nossos pensamentos ficam mais turvos, mais negros, como se a luz do Sol tivesse o condão de os iluminar e transformar em pensamentos mais lógicos, mais frescos, melhores. Deve ser a isto que se chama "iluminado"...
De noite, o meu cérebro não dá tréguas, remexe num infinito labor, procurando respostas, ou fugindo delas.
Abro os olhos, e só vejo negrume. Não sei se porque está escuro, se é para dentro de mim que olho.
Quero soltar-me da vida e cair no sonho. Não porque sonhar neste momento melhore alguma coisa, mas porque amanhã não me devo lembrar do que sonhei. Enquanto durmo, a minha alma sossega da dor cruel que o meu cérebro lhe induz.
Pensar no escuro torna tudo triste e pesado, um fardo insuportável, uma angústia indescritível.
Se tenho que pensar, que seja à luz, que me ilumina os mecanismos do cérebro, que me faz pensar bem, até cair na dormência salvadora do sono.

27 de fevereiro de 2008

Momentos perfeitos

A Lu é uma mente brilhante. Para o comprovar, aqui fica um texto lindo escrito por ela. Tão lindo que a invejo, porque gostaria que tivesse sido escrito por mim.
Vejam-no aqui

25 de fevereiro de 2008

Ir

Falta menos de mês.
Não sei se comece por arrumar ideias ou bagagem. Não sei se comece, planeando tudo ao pormenor, ou se me deixo ir na maré. Não sei se me ria, porque vou, se chore, porque está quase a terminar. Não se me exalte de excitação, se me retraia de receio, de nervoso, de saudades.
Viver é um misto de sentimentos. Quando desejamos muito uma coisa na vida, quanto mais ela se aproxima, mais nutrimos quanto a ela sentimentos contraditórios e emoções inexplicáveis.

Daqui a menos de um mês vou de viagem.
Uma viagem sonhada, planeada há muitos anos, com amigas, amigos, conhecidos, colegas. Vou para o calor, mas vou sobretudo para "premiar-nos", para "comemorar-nos", por aquilo que somos, por aquilo em que nos tornámos, por tudo quanto conseguimos.
Calculo que seja este o misto que uma viagem de finalistas provoca em todos os que levaram 5 anos a terminar a licenciatura, depois de muita luta!

Este é o primeiro marco do fim; um fim desejado, mas temido e doloroso que é o sair da faculdade!

21 de fevereiro de 2008

Questionário!

Numa das minhas visitas à "blogosfera" li um post muito engraçado. Dizia o autor que descobrira noutro blog (como vêem isto começa a espalhar-se) uma ideia de responder a um questionário apenas com os títulos de músicas de um artista à escolha.
Achei a ideia muito original, sobretudo porque leva a respostas no mínimo peculiares.
Se têm dúuvidas, dêem uma espreitadela aqui.
Assim, resolvi tentar a minha sorte.
Querem ver?!

Pick an artist: Jack Johnson

1.) Are you a male or female? Same girl
2.) Describe yourself: She's only happy in the sun
3.) How do you feel about yourself: Never know
4.) Describe where you currently live: Home
5.) If you could go anywhere, where would you go: Stars
6.) Your best friend is: Angel
7.) Your favorite color is: Rainbow
8.) You know that: You're missing me
9.) What's the weather like? Sunshine
10.) If your life was a television show, what would it be called? Upside down
11.) What is life to you? Questions
12.) What is the best advice you have to give? Go on
13.) If you could change your name, what would you change it to? Jack Kerouac


As respostas obviamente estão apenas relacionadas como título, não procurei responder com verdade com base na letra. O objectivo final era apenas encontrar respostas que fossem engraçadas!

18 de fevereiro de 2008

Lisboa

Lisboa hoje esteve o caos!!!
Fez lembrar os tempos em que a cidade era uma fortaleza impenetrável! Senti-me qual moura, tentando penetrar no recém-reino de D. Afonso Henriques.
Isto para dizer que demorei 3h 30 para fazer um trajecto que, de carro em dia normal, demora pouco mais de 30 minutos e tudo por culpa da chuva que tornou as entradas em Lisboa intransponíveis e fez perder a paciência a milhares de portugueses!
Oh São Pedro, não nos pregue mais partidas destas...

14 de fevereiro de 2008

Há sete dias escrevi aqui o meu último post. Durante este período de descanso procurei estruturar um post dedicado ao Dia dos Namorados, e aproveitando o pretexto escreveria sobre o Amor.
Tentativa frustrada. Não consegui escrever duas linhas seguidas que pudessem alguma vez ser publicadas aqui.
Escrevi sem sentido, escrevi torto. As palavras não eram racionais, saíam desarticuladas numa amálgama sem ordem. Pensei, estudei, mas nada.
Decidi que diria apenas isto: o modo como procurei contar-vos o amor foi errado, porque o amor não pode ser com verdade posto em palavras sem perdermos alguma parte do todo!
Portanto, desisti, deixo ao vosso critério o conteúdo deste post.

7 de fevereiro de 2008

Liberdade

Depois do meu último post sobre escolhas, fiz um período de reflexão, durante o qual, obviamente, decisões tiveram de ser e foram tomadas.
Agora, é com o espírito muito mais livre que sigo em frente. Senti efectivamente o sabor da liberdade, a abertura do encarceramento no qual voluntariamente entrei, mas cuja chave julgava perdida. A minha mente pôde então vaguear por todo o espaço imenso da imaginação, percorrer todos os caminhos, sem linha recta nem destino. Pude novamente ser livre, no verdadeiro sentido da liberdade pessoal, a liberdade de pensamento.
Quando a mente está desocupada, verdadeiramente desocupada, sem muros, nem paredes, nem orientações sobre o que deve pensar, o corpo é mais leve, a vida é mais leve e sentimo-nos quase flutuar.
Deve ser isto a felicidade, a mais (neste caso) "pura" leveza do ser.