28 de fevereiro de 2008

Pensamentos nocturnos

Caio cansada na cama, mas enquanto o meu corpo desfalece, a minha mente vagueia, ainda alerta, pelos meandros da vida, sem se deixar dormir.
À noite, no escuro, parece que os nossos pensamentos ficam mais turvos, mais negros, como se a luz do Sol tivesse o condão de os iluminar e transformar em pensamentos mais lógicos, mais frescos, melhores. Deve ser a isto que se chama "iluminado"...
De noite, o meu cérebro não dá tréguas, remexe num infinito labor, procurando respostas, ou fugindo delas.
Abro os olhos, e só vejo negrume. Não sei se porque está escuro, se é para dentro de mim que olho.
Quero soltar-me da vida e cair no sonho. Não porque sonhar neste momento melhore alguma coisa, mas porque amanhã não me devo lembrar do que sonhei. Enquanto durmo, a minha alma sossega da dor cruel que o meu cérebro lhe induz.
Pensar no escuro torna tudo triste e pesado, um fardo insuportável, uma angústia indescritível.
Se tenho que pensar, que seja à luz, que me ilumina os mecanismos do cérebro, que me faz pensar bem, até cair na dormência salvadora do sono.

1 comentário:

Ricardo Sardo disse...

Bem... isso é que é estar-se "iluminado".
Inspirada hen?
Beijos.