Porquê não acreditei quando me disseram que me ia queimar?
Porquê cegamente caio num presente e num futuro que nunca será passado na tua cantiga do bandido?
Porquê quero me deixar ir nessa tua conversa mole, nos teus beijos melosos, no teu abraço que parece terno e sincero?
Será que não vês o quanto arrisco por ti? Será que não vês o quanto me arrisco?
Neste jogo tenho apostado tudo e saído vencedora.
Viciaste-me nestas apostas loucas e agora já não sei parar.
Mas tenho medo de não saber distinguir mais o certo do errado, o bom do mau, a verdade da mentira, o aceitável do insuportável.
Arrisquei e mesmo depois de ter saído magoada, acho que voltava a arriscar todas as minhas fichas no teu número.
Só em pergunto, é mesmo verdade? Será que me dizes o que sentes ou será que me dizes o que sabes que espero ouvir?
2 de novembro de 2008
silêncio insurdecedor, mas vazio
Há precisamente dois meses que me remeti a um silêncio profundo.
Um silêncio que urgia em mim. Daqueles silêncios necessários para a concentração, para a reflexão profunda.
Mas quanto mais me remeti a esse silêncio, mais o barulho da minha ausência de palavras se tornou insuportável. Porque um turbilhão de emoções que não são "dizíveis" atacou o meu ser, tornando insurdecedor qualquer espaço e tempo para pensar.
Só que quando torno possível o tempo e o lugar para expressar tudo quanto pensei nestes dois meses, só me ocorre o vazio.
Durante 60 dias os meus pensamentos foram tão pouco meus que nada ficou deles dentro de mim. Por momentos não me reconheço, não revejo no eu que fui o eu que efectivamente sou.
Fui ausente, fui cinzenta, foi "fazente" não pensante...
No turbilhão das emoções insurdecedoras, não era eu quem sentia, porque não era eu quem pensava. Mas o pior, é que o "contentor" em que vivemos que nos condiciona os pensamentos continua a não me dar espaço nem tempo para o meu "eu" maior caber.
E enquanto lutamos pelo espaço que nos é devido, eu procuro não me calar.
Só que o barulho das emoções insurdecedoras em mim que não sou eu que sinto, não me deixam ouvir o que tenho para dizer... e para pensar.
Um silêncio que urgia em mim. Daqueles silêncios necessários para a concentração, para a reflexão profunda.
Mas quanto mais me remeti a esse silêncio, mais o barulho da minha ausência de palavras se tornou insuportável. Porque um turbilhão de emoções que não são "dizíveis" atacou o meu ser, tornando insurdecedor qualquer espaço e tempo para pensar.
Só que quando torno possível o tempo e o lugar para expressar tudo quanto pensei nestes dois meses, só me ocorre o vazio.
Durante 60 dias os meus pensamentos foram tão pouco meus que nada ficou deles dentro de mim. Por momentos não me reconheço, não revejo no eu que fui o eu que efectivamente sou.
Fui ausente, fui cinzenta, foi "fazente" não pensante...
No turbilhão das emoções insurdecedoras, não era eu quem sentia, porque não era eu quem pensava. Mas o pior, é que o "contentor" em que vivemos que nos condiciona os pensamentos continua a não me dar espaço nem tempo para o meu "eu" maior caber.
E enquanto lutamos pelo espaço que nos é devido, eu procuro não me calar.
Só que o barulho das emoções insurdecedoras em mim que não sou eu que sinto, não me deixam ouvir o que tenho para dizer... e para pensar.
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