Duas pessoas conversam.
Sorriem, gesticulam, tocam-se levemente.
Falam baixo, sussurram, inclinam-se para trás e para a frente para se fazerem ouvir.
Olham-se nos olhos, esquecem quem as observa.
O assunto até pode ser banal, mas naquela conversa trocam-se mais do que palavras.
Trocam-se olhares, ideias, emoções, sentimentos.
quem de longe espreita conclui: "São namorados" ou "são amigos íntimos".
Podem ser isso tudo...
As mesmas duas pessoas conversam.
O seu olhar perde-se em pormenores do ambiente que os rodeia: alguém que entra no bar, um café que é servido, o papel do açúcar rasgado com as mãos.
Os silêncios são embaraçosos e tal nota-se pelo posicionamento dos "conversadores", afastados, com os troncos apontados em direcções opostas.
Quando os olhos se cruzam, disparam faíscas, as bocas abrem-se e atropelam-se palavras armadas.
O tom é alto, suficientemente alto para ser intercalado por um "shiu!, fala mais baixo, estão todos a olhar...".
O assunto até pode ser banal, mas naquela conversa trocam-se mais do que palavras.
Trocam-se olhares, ideias, emoções, sentimentos.
Quem de longe espreita conclui: "São namorados" ou " são amigos íntimos".
Podem ser isso tudo...
Isto é ser-se constante ou inconstante?
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1 comentário:
Adoro a tua maneira de escrever, embora nao tenha feito comentarios estou sempre a ler e a gostar cada vez mais. PARABENS Beijinhos
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