Fazia eu uma ronda rápida pelas manchetes dos jornais e não quis crer. Pasmem-se com esta notícia do Público!!!
A Ericeira, a minha Ericeira, foi multada! A nossa Junta de Freguesia, que tanto tem feito em prol do bem ambiental foi multada pelas acções ecológicas que tem desenvolvido.
Neste momento, pouco me aquecem as cores políticas e muito menos me amolece a necessidade de receitas do Estado. A ponderação financeira, de meia-dúzia de tostões (que é do que se trata por referência às contas do Estado), está a sobrepôr-se a uma inestimável mais-valia que aqui temos conseguido à custa da imaginação, inovação, vontade e esforço da nosso Junta.
A Justiça falha aqui pelas mãos da ASAE.
Deixem as nossas viaturas em paz, deixem lá o dinheirinho...
Pois, a gasolina dava mais jeito, não era? Tanto imposto perdido...
28 de abril de 2008
26 de abril de 2008
25 de abril de 2008
As mãos
Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
Manuel Alegre, O Canto e as Armas, 1967
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
Manuel Alegre, O Canto e as Armas, 1967
18 de abril de 2008
Ser diferente
«Estás diferente!»
Frase simples e semânticamente neutra carregada de conotações negativas.
Normalmente usamos esta frase quando as pessoas agem de forma inesperada daquilo que previmos, de acordo com o ficheiro a que cada um corresponde na nossa cabeça.
Só que as pessoas não são ficheiros, são pessoas. E enquanto pessoas evoluem, não se coadunam com uma informção inscrita e esquecida nos baús da memória. O nosso conhecimento dos outros tem de ser actualizado, para que nada nos escape e possamos reconhecer sempre as pessoas que nos rodeiam.
No entanto, esta frase não deixa de ser verdade - estamos sempre diferentes. Diferentes de há 6 meses, 1 ou 5 anos. Diferentes, porque, desse ponto de partida para cá, vivemos, e a vida transforma as pessoas, transforma o que pensamos dela, dos outros e de nós próprios.
Afinal estamos sempre a mudar, e cada conversa, cada momento, cada fase, cada lição altera o nosso modo de viver e de pensar e não há ninguém em consciência que não veja isso.
Por isso, é verdade, estamos diferentes.
O importante é irmo-nos conhecendo sempre ao longo do caminho.
Frase simples e semânticamente neutra carregada de conotações negativas.
Normalmente usamos esta frase quando as pessoas agem de forma inesperada daquilo que previmos, de acordo com o ficheiro a que cada um corresponde na nossa cabeça.
Só que as pessoas não são ficheiros, são pessoas. E enquanto pessoas evoluem, não se coadunam com uma informção inscrita e esquecida nos baús da memória. O nosso conhecimento dos outros tem de ser actualizado, para que nada nos escape e possamos reconhecer sempre as pessoas que nos rodeiam.
No entanto, esta frase não deixa de ser verdade - estamos sempre diferentes. Diferentes de há 6 meses, 1 ou 5 anos. Diferentes, porque, desse ponto de partida para cá, vivemos, e a vida transforma as pessoas, transforma o que pensamos dela, dos outros e de nós próprios.
Afinal estamos sempre a mudar, e cada conversa, cada momento, cada fase, cada lição altera o nosso modo de viver e de pensar e não há ninguém em consciência que não veja isso.
Por isso, é verdade, estamos diferentes.
O importante é irmo-nos conhecendo sempre ao longo do caminho.
11 de abril de 2008
Verdadeiramente mentirosos
Não se deve mentir...
Esta regra é ensinada hipocritamente pelos adultos às criancinhas, numa tentativa vã de controlar o que estas fazem, e o que lhes é feito. Enquanto a criança não mentir, os responsáveis poderão sempre perguntar e ficar a saber tudo o que se passa no seu dia-a-dia.
Até que um dia a criança ouve a mesma pessoa dizer uma mentira.
É-lhe explicado que neste caso não se podia dizer a verdade, que é uma situação sem precedentes nem exemplo.
A criança até acredita, mas cresce.
E quando cresce descobre que toda a gente mente.
Há sempre uma situação que leva alguém a mentir.
Obviamente que há mentiras e mentiras.
As grandes, as de perna curta, as piedosas, as mentirinhas e as maldosas.
Mas a verdade é que todos mentem. E aqueles que dizem que não o fazem, começam exactamente nesse momento a mentir.
Há situações em que a mentira não tem desculpa. São aquelas em que a mentira serve para não ter trabalho, para não ter cuidado. São aquelas em que a verdade surtiria o mesmo, ou melhor efeito, se fosse dita de uma forma meiga, ou cuidada, ou calma.
Às vezes, as pessoas aguentam e apreciam mais a sinceridade do que julgamos e preferem uma verdade dolorosa a uma mentira ligeira.
Porém, a mentira pode ser um mal menor. Naquelas situações em que a verdade traria prejuízos irreparáveis às relações entre humanos, prejuízos evitáveis e desnecessários. Ou porque a verdade não é nossa, ou porque simplesmente não tem importância.
Com sinceridade, felizmente, de quando em vez, somos uns grandes mentirosos!
Esta regra é ensinada hipocritamente pelos adultos às criancinhas, numa tentativa vã de controlar o que estas fazem, e o que lhes é feito. Enquanto a criança não mentir, os responsáveis poderão sempre perguntar e ficar a saber tudo o que se passa no seu dia-a-dia.
Até que um dia a criança ouve a mesma pessoa dizer uma mentira.
É-lhe explicado que neste caso não se podia dizer a verdade, que é uma situação sem precedentes nem exemplo.
A criança até acredita, mas cresce.
E quando cresce descobre que toda a gente mente.
Há sempre uma situação que leva alguém a mentir.
Obviamente que há mentiras e mentiras.
As grandes, as de perna curta, as piedosas, as mentirinhas e as maldosas.
Mas a verdade é que todos mentem. E aqueles que dizem que não o fazem, começam exactamente nesse momento a mentir.
Há situações em que a mentira não tem desculpa. São aquelas em que a mentira serve para não ter trabalho, para não ter cuidado. São aquelas em que a verdade surtiria o mesmo, ou melhor efeito, se fosse dita de uma forma meiga, ou cuidada, ou calma.
Às vezes, as pessoas aguentam e apreciam mais a sinceridade do que julgamos e preferem uma verdade dolorosa a uma mentira ligeira.
Porém, a mentira pode ser um mal menor. Naquelas situações em que a verdade traria prejuízos irreparáveis às relações entre humanos, prejuízos evitáveis e desnecessários. Ou porque a verdade não é nossa, ou porque simplesmente não tem importância.
Com sinceridade, felizmente, de quando em vez, somos uns grandes mentirosos!
7 de abril de 2008
Conversas na esplanada!
Duas pessoas conversam.
Sorriem, gesticulam, tocam-se levemente.
Falam baixo, sussurram, inclinam-se para trás e para a frente para se fazerem ouvir.
Olham-se nos olhos, esquecem quem as observa.
O assunto até pode ser banal, mas naquela conversa trocam-se mais do que palavras.
Trocam-se olhares, ideias, emoções, sentimentos.
quem de longe espreita conclui: "São namorados" ou "são amigos íntimos".
Podem ser isso tudo...
As mesmas duas pessoas conversam.
O seu olhar perde-se em pormenores do ambiente que os rodeia: alguém que entra no bar, um café que é servido, o papel do açúcar rasgado com as mãos.
Os silêncios são embaraçosos e tal nota-se pelo posicionamento dos "conversadores", afastados, com os troncos apontados em direcções opostas.
Quando os olhos se cruzam, disparam faíscas, as bocas abrem-se e atropelam-se palavras armadas.
O tom é alto, suficientemente alto para ser intercalado por um "shiu!, fala mais baixo, estão todos a olhar...".
O assunto até pode ser banal, mas naquela conversa trocam-se mais do que palavras.
Trocam-se olhares, ideias, emoções, sentimentos.
Quem de longe espreita conclui: "São namorados" ou " são amigos íntimos".
Podem ser isso tudo...
Isto é ser-se constante ou inconstante?
Sorriem, gesticulam, tocam-se levemente.
Falam baixo, sussurram, inclinam-se para trás e para a frente para se fazerem ouvir.
Olham-se nos olhos, esquecem quem as observa.
O assunto até pode ser banal, mas naquela conversa trocam-se mais do que palavras.
Trocam-se olhares, ideias, emoções, sentimentos.
quem de longe espreita conclui: "São namorados" ou "são amigos íntimos".
Podem ser isso tudo...
As mesmas duas pessoas conversam.
O seu olhar perde-se em pormenores do ambiente que os rodeia: alguém que entra no bar, um café que é servido, o papel do açúcar rasgado com as mãos.
Os silêncios são embaraçosos e tal nota-se pelo posicionamento dos "conversadores", afastados, com os troncos apontados em direcções opostas.
Quando os olhos se cruzam, disparam faíscas, as bocas abrem-se e atropelam-se palavras armadas.
O tom é alto, suficientemente alto para ser intercalado por um "shiu!, fala mais baixo, estão todos a olhar...".
O assunto até pode ser banal, mas naquela conversa trocam-se mais do que palavras.
Trocam-se olhares, ideias, emoções, sentimentos.
Quem de longe espreita conclui: "São namorados" ou " são amigos íntimos".
Podem ser isso tudo...
Isto é ser-se constante ou inconstante?
6 de abril de 2008
Cancún
Entusiasmo, euforia, risadas, clicks, stress, cansaço, seca, Cancún.
Alegria, risadas, maravilhada, calor, clicks, descanso, Cancún.
Sono, seca, risadas, calor, clicks, música, bebida, Cancún.
Passeios, confidências, risadas, clicks, banhos, festa, Cancún.
Grupos, amizade, risos, choros, carinhos, abraços, Cancún.
Nostalgia, saudade, risadas, sorrisos, música, segredos, Cancún.
Se estas palavras puderem descrever o que vivi...
Vocês, os 9, ao lerem isto, saberão identificar-se com as palavras que servem a cada um!
Beijos
Alegria, risadas, maravilhada, calor, clicks, descanso, Cancún.
Sono, seca, risadas, calor, clicks, música, bebida, Cancún.
Passeios, confidências, risadas, clicks, banhos, festa, Cancún.
Grupos, amizade, risos, choros, carinhos, abraços, Cancún.
Nostalgia, saudade, risadas, sorrisos, música, segredos, Cancún.
Se estas palavras puderem descrever o que vivi...
Vocês, os 9, ao lerem isto, saberão identificar-se com as palavras que servem a cada um!
Beijos
4 de abril de 2008
Best Friend
Há músicas que conseguem exprimir um sentimento que nos vai na alma. Ainda que as palavras que diríamos não fossem aquelas, ainda que a nossa situação não seja aquela.
Mas o sentimento é o mesmo...
Best Friend
Amy Winehouse
Composição: Amy Winehouse
I can't wait to get away from you
And surprisingly you hate me too
We only communicate when we need to fight
But we are best friends...right?
You're too good at pretending you don't care
There's enough resentment in the air
Now you don't want me in the flat
When you’re home at night
But we're best friends right?
You’re Stephanie and I'm Paulette
You know what all my faces mean
And it's easy to smoke it up, forget
Everything that happened in between
Nicky’s right when he says I can't win
So I don't wanna tell you anything
I can't even think about
How you feel inside
But we are best friends, right?
I don't like the way you say my name
You're always looking for someone to blame
Now you want me to suffer just cause
You was born wide
But we are best friends right?
You’re Stephanie and I'm Paulette
You know what all my faces mean
And its easy to smoke it up, forget
Everything that happened in between
So I had love for you when I was 4
And there's no one I wanna smoke with more
Someday I'll buy the Rizla, so you get the dro
Cause we are best friends right, right, right, right?
Because we are best friends right?
Because we are best friends right?
Mas o sentimento é o mesmo...
Best Friend
Amy Winehouse
Composição: Amy Winehouse
I can't wait to get away from you
And surprisingly you hate me too
We only communicate when we need to fight
But we are best friends...right?
You're too good at pretending you don't care
There's enough resentment in the air
Now you don't want me in the flat
When you’re home at night
But we're best friends right?
You’re Stephanie and I'm Paulette
You know what all my faces mean
And it's easy to smoke it up, forget
Everything that happened in between
Nicky’s right when he says I can't win
So I don't wanna tell you anything
I can't even think about
How you feel inside
But we are best friends, right?
I don't like the way you say my name
You're always looking for someone to blame
Now you want me to suffer just cause
You was born wide
But we are best friends right?
You’re Stephanie and I'm Paulette
You know what all my faces mean
And its easy to smoke it up, forget
Everything that happened in between
So I had love for you when I was 4
And there's no one I wanna smoke with more
Someday I'll buy the Rizla, so you get the dro
Cause we are best friends right, right, right, right?
Because we are best friends right?
Because we are best friends right?
2 de abril de 2008
Regresso a casa
Assentei de novo os pés no chão.
Voei alto e longe. Toquei o paraíso. Um paraíso incompleto, com defeitos e problemas, com falhas e faltas, como tudo aquilo que vive na Terra dos Homens. Mas ainda assim um paraíso.
Regressei mais rica, apesar do dinheiro gasto. Rica em vivências, rica em memórias, rica em "estórias", rica em amigos.
Deixei por lá palavras desprendidas e impulsivas, mágoas escondidas e tudo o que de menos bom possa ter vivido. Comigo na bagagem veio apenas o "muy precioso"! Livrei-me de tudo o que é supérfluo. Trouxe a amizade verdadeira, as histórias sussurradas, as gargalhadas sonoras, o sol na pele e o cansaço gostoso do corpo que ainda lembra o que o desgastou.
No entanto, a minha volta é feliz. Por regressar a casa, por voltar a poder partilhar com os que mais amo tudo quanto vivi.
Obrigada aos (9) que me proporcionaram este maravilhoso paraíso.
Obrigada a vocês que cá ficaram, mas seguiram a par e passo todas as minhas "aventuras"!
VOLTEI
Voei alto e longe. Toquei o paraíso. Um paraíso incompleto, com defeitos e problemas, com falhas e faltas, como tudo aquilo que vive na Terra dos Homens. Mas ainda assim um paraíso.
Regressei mais rica, apesar do dinheiro gasto. Rica em vivências, rica em memórias, rica em "estórias", rica em amigos.
Deixei por lá palavras desprendidas e impulsivas, mágoas escondidas e tudo o que de menos bom possa ter vivido. Comigo na bagagem veio apenas o "muy precioso"! Livrei-me de tudo o que é supérfluo. Trouxe a amizade verdadeira, as histórias sussurradas, as gargalhadas sonoras, o sol na pele e o cansaço gostoso do corpo que ainda lembra o que o desgastou.
No entanto, a minha volta é feliz. Por regressar a casa, por voltar a poder partilhar com os que mais amo tudo quanto vivi.
Obrigada aos (9) que me proporcionaram este maravilhoso paraíso.
Obrigada a vocês que cá ficaram, mas seguiram a par e passo todas as minhas "aventuras"!
VOLTEI
Subscrever:
Mensagens (Atom)