2 de março de 2008

Tens de ver-me inteira,
casca, gomos, graínhas.
Aí sim, desvendas o meu verdadeiro sabor,
a minha essência profunda.

Toldado, tomas o todo pela parte,
julgas não precisar de procurar,
segues cego, vendo só o que gostarias de ver
mas o que vês não sou eu,
é um reflexo composto de mim própria
que criaste à minha revelia, sem que possa fazer nada para impedir

Há quem me conheça
Os sorrisos,
Os silêncios,
Os olhares,
Os pensamentos que calo,
A essência que não consigo pôr em palavras nem demonstrar em actos.
A alma,
O meu ser...

E tu?
Quando falas sobre mim a que meu eu te referes?
O que amas de mim?

Não basta amar a parte e imaginar o todo.
Não serve esconder o eu, para amar a parte.
Cedo ou tarde, tudo emerge,
Terás a força suficiente
para repetir amo-te?

5 comentários:

Unknown disse...

Maravilhoso! * (esperar mais, esperar sempre mais... encontrar um todo por que lutar, sem ter de lutar para o match perfeito do todo... momentos! )

Beijo *

Anónimo disse...

joaninha, o comentario anterior é meu, nadia *

Anónimo disse...

uau!
(talvez daqui a uns dias escreva algo...estou a digerir.)

Anónimo disse...

Que tipo de citrino serás?
Uma melíflua tangerina ou uma dolorosa toranja?

Anónimo disse...

É certo que gosto mais de umas partes do que de outras, mais dos gomos do que das cascas ou grainhas, mas pensando bem, é certo que todas elas me fazem muito bem “à saúde” e me assentam que nem uma ginja...*****

João