9 de maio de 2008

Porquê?

Porquê não há nome para o inverso do sorriso, quando a cor, a face, o trejeito nem têm jeito, nem têm forma, quando tudo se resume ao sal da minha água, numa rajada de vento que apaga a minha vela de esperança?
Porquê o vento acalma, mas não pára, não dando tempo às águas para sossegarem, para regressarem ao imenso mar-mãe?
Porquê o desespero se sente mesmo quando se vê a saída? Porquê se tem medo de seguir o caminho, porquê apesar dos tropeços avançamos? Ou será que não?
Porquê o fruto mais doce do pomar, o mais delicioso, pode amargar aos poucos sem que notemos?
Porquê não podes ser sempre, para sempre, doce?

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