26 de dezembro de 2008

Porque há coisas que se lêem e nos tocam, gostava de ter escrito isto...
Mas pronto, reduzo-me à minha insignificância perante W. Shakespeare.

A ler aqui (claro, só podia ter sido rebuscado por ti)

13 de dezembro de 2008

telepaticamente falando

Esta chuva que cai tem cheiro de prenúncio de dilúvio.
Tento resguardar-me no aconchego dum agasalho laranja, numa meiguice felina, num estilhaçar de lenha fulgurante que me hipnotiza. Resguardo-me não da chuva, mas do meu dilúvio.
Do dilúvio do estrangulamento, do enfartamento, do dilúvio do cansaço, da espera, da impaciência.
A mim, que sempre partilhei tudo e não guardei nada, custa-me este silêncio, esta boca amordarçada, estas mãos ligadas... Este encarceramento frustrante que pode não vir a ter fim porque a sua condição final não se verifica.
Pratico a telepatia.
E espero que as vossas aulas tenham sido tão boas quanto as minhas para que possam entender, das palavras que não pronuncio e destas linhas que escrevo, o que eu vos estou a dizer.