Fernando Antonio Nogueira Pessoa - que usou múltiplos pseudónimos, como Bernardo Soares, Chevalier de Pas, Alexander Search, Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis para assinar suas obras - nasceu em Lisboa no dia 13 de Junho de 1888 e morreu, com apenas 47 anos, em 1935.
Não podia deixar passar em branco o 120º aniversário do nascimento do meu poeta de eleição: Fernando Pessoa.
Homem-génio, poeta sublime, versos imortais!
«Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem,
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: "Fui eu?"
Não podia deixar passar em branco o 120º aniversário do nascimento do meu poeta de eleição: Fernando Pessoa.
Homem-génio, poeta sublime, versos imortais!
«Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem,
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: "Fui eu?"
Deus sabe, porque o escreveu.»
Fernando Pessoa
1 comentário:
Também o meu poeta de eleição!!!
Beijinhos Joaninha
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