25 de abril de 2009

Regulação desregrada

É interessante parar por dois segundos... E perceber as cambalhotas que podemos dar...
É como lhe disse, tudo não passa de pares de óculos, usamos o que mais nos convém ou aquele que tem a ver connosco naquele momento.

Mudei de par de óculos. Ou melhor, tenho mudado de óculos muitas vezes.
Mudei de óculos, mudei de vida, revirei-me e reinventei-me e estou num processo de renascimento. Oara uma vida à minha maneira, com as minhas regras, com os meus objectivos e sobretudo feliz. Feliz porque tarde ou cedo percebi que só tenho esta vida. Que se não viver como desejo um dia me posso arrepender por isso. Que vivi obedecendo cegamente a regras que não escolhi, com as quais não concordei, nem identifiquei e que estupidamente não contestei. Quero viver as minhas regras. Sem regras sobre como essas regras devem ser.

Porque a única regra that matters é que "estás aqui para ser feliz".
E se algo te faz feliz, por muito que te tentem convencer do contrário, não pode ser contra as regras...

21 de abril de 2009

John Mayer - Say

Take all of your wasted honor.
Every little past frustration.
Take all of your so called problems,
Better put 'em in quotations.

Say what you need to say

Walkin' like a one man army,
Fightin' with the shadows in your head.
Livin' up the same old moment
Knowin' you'd be better off instead

If you could only...Say what you need to say

Have no fear for givin' in.
Have no fear for giving over.
You better know that in the end
It's better to say too much, than never to say what you need to say again.

Even if your hands are shaking,
And your faith is broken.
Even as the eyes are closin',
Do it with a heart wide open.

Say what you need to say

12 de abril de 2009

Cegueira

É incrível a capacidade que temos de ficarmos cegos. Cegos de medo, cegos de paixão, cegos de felicidade, cegos de raiva, de ódio. Assim, como por vezes, ficamos raivosos, frustrados e zangados por termos sido cegos durante demasiado tempo. Ou pelos menos, durante um tempo definido, um tempo em que não enxergamos para além daquilo que queríamos ver. Os nossos olhos são sensíveis apenas aos sentimentos. Quando trabalham com as emoções cegam-se, fecham-se e vivem no mundo surreal e paralelo de quem partiu para uma outra dimensão e lá se obceca intensamente por um amor, por uma dor, por uma zanga.

Afinal o nosso problema é sermos cegos. Porque o pior cego é o que não quer ver. E se toldares a tua vita com a raiva, com a mágoa, com o ódio, não vais deixar a amizade, o carinho e o amor enxergarem por ti a realidade. Assim, como eu me enraiveço, de martirizo e me odeio pelos momentos em que cegamente me perdi numa dimensão paralela a encontrar motivos e razões mágicas que pudessem explicar o meu universo.

Não! A realidade, a minha realidade, está aqui ao meu alcance, com os meus sentimentos puros que me permitem perceber o todo.

E sabes que mais? Infelizmente o todo depende sempre do ponto de vista.

4 de abril de 2009

Conquista

Livre não sou,
que nem a própria vida
Mo consente.
Mas a minha aguerrida Teimosia
É quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.

Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!

Miguel Torga, in "Cântico do Homem"

3 de abril de 2009

Há momentos em que não sei se alguém me lê, se alguém me entende, se sou normal, se estou demasiado perdida para que me ouçam.
As minhas palavras são mudas quanto àquilo que quero dizer, os meus sentimentos ficam presos e não transpiram na minha pele, os meus silêncios ficam cheios de ofensas e socos que não ousei deferir...

Não que seja uma incompreendida. Longe disso, mas por vezes não me consigo fazer compreender...

No fundo, tudo se resume à mesma questão: sou demasiado exigente.
Comigo, com outros, com os meus relacionamentos, amorosos ou não, com os silêncios, com as conversas, com as despedidas, com as mensagens subtis, com as mensagens descaradas, com tudo.

Sou demasiado exigente e expectante. Espero demais, espero um impossível. Espero que me dêem o que impossivelmente dou de mim ao mundo.